Como ser moralmente justo para Kant? Verifique isto – Como agir moralmente segundo Kant


O comando moral que faz com que nossas ações sejam moralmente boas, se expressa no imperativo categórico: “age só segundo máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal” (FMC, 2004, p. 51). Essa lei está atada à razão pura prática.(KANT, 2004, p. 21). A moralidade é a relação das ações com autonomia da vontade, o que se exige para a autonomia é a liberdade – que não é agir sem nenhuma regra, mas ser capaz de seguir uma regra livremente imposta pela própria razão -.

Mediante a análise da razão moral comum realizada por Kant, para que haja o moralmente bom, não basta que seja apenas bom; é necessário que seja ilimitadamente bom, é preciso que seja bom sem reservas; e, segundo o filósofo, esse bom sem limites é somente uma coisa: a boa vontade.

A Lei Moral, segundo Immanuel Kant, é uma lei que manda agir de acordo com o que a vontade quer que se torne uma lei válida para todos. Em outras palavras, Kant diz que cada indivíduo, portador de uma boa vontade, saberia escolher, dentre suas regras particulares, aquela que pudesse valer para todos os demais.

Como ser moralmente justo

Para que o ato possa ser considerado moralmente bom deve partir de um princípio bom, ser executado com instrumentos (meio) bons e direcionar-se para um fim bom. Portanto o começo o meio e o fim devem ser mantidos pelo mesmo norte: o bem.Kant propôs três formulações para o imperativo categórico: Age como se a máxima de tua ação devesse ser transformada em lei universal da Natureza. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na outra pessoa, sempre como um fim e nunca como um meio.Para Kant, a ação deve ser julgada em si mesma. Isso significa dizer que para julgar a moralidade de uma ação, não se deve considerar a história ou o contexto anterior a ela, ou suas possíveis consequências. Ao afastar tudo o que é externo à ação, o indivíduo tem de decidir se sua ação é correta e deve ser praticada.

Para Kant, a vontade boa é aquela que quer aquilo que deve. Ou seja, a boa vontade orientada pela razão está de acordo com o dever e quer o bem. A Razão compreende o que é o dever e o ser humano pode escolher agir em de acordo com esse dever ou não. Entretanto, a ação moral será sempre a ação por dever.

Qual a diferença entre ética e moral para Kant

De forma resumida, as diferenças entre os dois termos são: A moral prevê certo e errado; a ética prevê bem e mal. A moral é uma conduta específica e normativa; valores éticos são princípios, frutos de reflexão sobre ações e normas de conduta.Como já afirmei em outros textos, a reflexão ética vai tratar dos assuntos relativos ao bem/mal, de forma universal. O agir moral vai se ocupar das regras relativas ao certo/errado, estabelecidas pelos grupos de forma particular.A ação moralmente correta é aquela determinada unicamente pela razão pura, absolutamente incondicionada e não influenciada pela sensibilidade, por melhor que seja a consequência visada.

O princípio supremo dessa filosofia prática em Kant é o agir em conformidade com uma lei universal da razão, e ele reconhece que uma ação por dever, ou seja, que tem verdadeiro valor moral é extremamente rara.

A ética kantiana, por se basear no dever, é chamada ética deontológica (deon significa "dever" em grego). Kant acreditava na autonomia da razão e que os seres são plenamente capazes de agir racionalmente, motivados pelo dever, ou seja, sabem racionalmente o que devem fazer.

Podemos definir como agir moralmente seguir certos padrões de conduta estabelecidos pela sociedade, internalizados pelo indivíduo e aceitos por este, de forma autônoma.

O que significa a palavra agir moralmente

Agir moralmente significa, portanto, agir com a intenção de respeitar este princípio geral. Para sabermos, em cada circunstância da vida, se a acção que queremos praticar está, ou não, de acordo com a moral, temos de perguntar se aquilo que nos propomos fazer poderia servir de modelo para todos os outros.O sujeito moral ou ético, isto é, a pessoa, só pode existir se preencher as seguintes condições, conforme Chauí (2003): Ser consciente de si e dos outros, isto é, ser capaz de reflexão e de reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a ele.Kant – teoria do conhecimento – A síntese entre racionalismo e empirismo. O filósofo alemão Immanuel Kant responde à questão de como é possível o conhecimento afirmando o papel constitutivo de mundo pelo sujeito transcendental, isto é, o sujeito que possui as condições de possibilidade da experiência.